Rosário de São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo - Defendei-nos no Combate !

O rosário é constituído de nove contas, com três cada e quatro no final.

( não é rezado em terços comuns, tem que ser um rosário especifico)

Método para rezar:

Junto á medalha, reza-se

Deus, vinde em nosso auxílio
Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao Pai...

Primeira Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Serafins, para que o Senhor Jesus nos torne dignos de sermos abrasados de uma perfeita caridade.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao primeiro coro de Anjos

Segunda Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Querubins, para que o Senhor Jesus nos conceda a graça de fugirmos do pecado e procurarmos a perfeição cristã.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao segundo coro de Anjos

Terceira Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Tronos, para que Deus derrame em nossos corações o espírito de verdadeira e sincera humildade.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao terceiro coro de Anjos

Quarta Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das Dominações, para que o Senhor nos conceda a graça de dominar nossos sentidos, e de nos corrigir das nossas más paixões.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao quarto coro de Anjos

Quinta Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das Potestades, para que o Senhor Jesus se digne de proteger nossas almas contra as ciladas e as tentações de Satanás e dos demônios.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao quinto coro de Anjos

Sexta Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro admirável das Virtudes, para que o Senhor não nos deixe cair em tentação, mas que nos livre de todo o mal.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao sexto coro de Anjos

Sétima Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Principados, para que o Senhor encha nossas almas do espírito de uma verdadeira e sincera obediência.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao sétimo coro de Anjos

Oitava Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Arcanjos, para que o Senhor nos conceda o dom da perseverança na fé e nas boas obras, a fim de que possamos chegar a possuir a glória do Paraíso.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao oitavo coro de Anjos

Nona Saudação

Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste de todos os Anjos, para que sejamos guardados por eles nesta vida mortal, para sermos conduzidos por eles à glória eterna do Céu.
Amém.

Glória ao Pai... Pai Nosso...
Três Ave-Marias... ao nono coro de Anjos

Ao final, reza-se:

Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Um Pai Nosso em honra de nosso Anjo da Guarda.

Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.
Amém.

V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.

R. Para que sejamos dignos de suas promessas.


Oração

Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Amém

Visão de Anna Catharina Emmerich sobre a Igreja



Nos últimos dias, em pequenos avisos recebidos, tenho sido instado a escrever sobre o futuro da Igreja. Aproveito então colocar abaixo parte das visões tidas pela grande mísitica Anna Catharina Emmerich, relativas ao calvário final da Igreja e a sua reconstrução rumo a Jerusalém Celeste. Algumas explicações serão dadas ao texto, que infelizmente recebi traduzido do espanhol por um programa de computador e nem sempre consegui dar a fidelidade devida. Desconheço a fonte, a autoria e o remetente.
A demolidora obra da maçonaria eclesiástica e laica nas Visões e Revelações à Venerável Ana Catharina Emmerich Tomada do Livro 3, Cap.XXV "Visões do Anticristo e do triunfo da Igreja".

Introdução.

Entre o cúmulo de visões de acontecimentos passados e presentes, em alguns dos quais intervém misteriosamente Ana Catarina, alude-se reiteradas vezes à luta dos poderes das trevas contra os filhos da luz. Algumas podem ser consideradas proféticas, porque se referem a certos acontecimentos ocorridos com posterioridade à morte da vidente e a nossa época (então final da guerra de 1939). Entre outras, aplanasse quadros que julgamos apocalípticos, como os que descrevem a desolação da terra, a apostasia das massas, as tribulações dos cristãos sob o reinado do Anticristo e o Triunfo glorioso da Igreja de Cristo.
A visão da besta "do mar" é semelhante à consignada no Apocalipse, com o adicionado, sobre o texto canónico, de que o monstro tem fila de peixe e várias cabeças que formam como uma coroa em torno da maior. As notas nas páginas contribuem a identificar algumas destas cenas com as de São João, cujo maravilhoso livro era desconhecido pela estigmatizada de Dülmen (Região da Alemanha onde nasceu e morreu Ana Catarina).

1. Maquinações dos malvados contra a Igreja. (Oitava de Natal de 1819)

Vi à Igreja de São Pedro e a uma grande multidão de homens afanados em destruí-la, enquanto outros trabalhavam em restaurá-la. Os trabalhadores estavam espalhados por todo mundo e me admirava a conformidade de seus trabalhos. Os obreiros que tratavam de destruir o templo, arrancavam pedaços do mesmo; entre estes distingui a muitos hereges e apóstatas. Trabalhavam de acordo a certas regras os que levavam mantos brancos, com bolsos, bordados com faixas azuis e planas sujeitas à cintura. Estavam vestidos com toda classe de trajes; entre eles tinha homens altos e corpulentos, com uniformes e estrelas; mas estes não trabalhavam, senão que indicavam nos muros, com a plana, onde e como tinham de demolir.
Vi com espanto que entre eles tinha sacerdotes católicos. Às vezes, quando não sabiam como demolir, acercavam-se a um dos seus, que tinha um grande livro, no qual parece que estava indicado como estava feito o edifício e a maneira de derrubá-lo. Depois assinalavam com a plana uma parte dele, para que fora destruída, a qual, efetivamente se derrubava. Os que derrubavam o edifício faziam calma e seguramente, mas com timidez, secretamente, postos como em espreita.
Vi ao Papa em oração rodeado de falsos amigos, que muitas vezes faziam o contrário do que se lhes mandava. Vi a um homem malvado, negro e de baixa estatura, trabalhar muito ativamente contra a Igreja. Enquanto o templo era destruído por estes em alguma parte, reedificando outros por outra parte, mas sem energia nem vigor. Vi também muitos eclesiásticos a quem conhecia entre eles o Vigário Geral, cuja vista me causou muita alegria. Passou sem turvar-se por entre os demolidores e dispôs o necessário para a conservação e restauração do templo.
Esta frase é profética e se refere à situação deste papa e dos últimos. Ela na verdade quase não conseguem mais trabalha, porque imobilizados por um segundo escalão desobediente, que muitas vezes faz o contrário do que o papa quer, e ainda por cima usa malignamente o nome dele.
Vi também a meu confessor levar uma grande pedra, dando um bom rodeio. Vi outros sacerdotes, preguiçosos, rezar as horas com seu breviário e levar, muito de vez em quando, alguma pedrinha sob os hábitos ou alongar-se a outros. Parecia que nenhum tinha confiança nem gosto no trabalho, já que trabalhavam sem direção e sem saber o que faziam.
Aquilo era aflitivo. Já estava destruída a parte anterior da Igreja e não ficava em pé mais do que o sacrário. Eu estava muito triste, pensando onde se acharia aquele homem com veste vermelha e bandeira branca, que se me tinha representado outras vezes sobre a mesma Igreja, salvando-a da destruição.

2. A Santíssima Virgem protege a Igreja.

Então vi a uma grande Senhora, cheia de majestade, que vinha pela grande vaga que há adiante do templo. Tinha um manto estendido, sujeito com ambos os braços e se movia impassivelmente no ar. Deteve-se no alto da cúpula e estendeu seu manto, que brilhava como o ouro, sobretudo o recinto da igreja.
Os demolidores deixaram de trabalhar naquele momento. Quiseram prosseguir sua obra de destruição, mas não puderam acercar-se ao espaço protegido pelo largo manto. Enquanto os que trabalham em reedificar a igreja, mostravam extraordinária atividade. Vieram muitos homens escuros, anciões e impedidos e muitos jovens vigorosos; mulheres e meninos, sacerdotes e seculares, e muito cedo esteve quase do tudo restaurada a Igreja.
Vi então vir um novo pontífice em procissão. O Papa era bem mais jovem e enérgico que o anterior (B). Foi recebido com grande solenidade. Parecia que ia consagrar a igreja, mas ouvi uma voz que dizia que o templo não precisava nova consagração, pois a parte principal dele, o tabernáculo, não tinha sido destruída. Devia celebrar-se uma dupla festa em toda a Igreja: um jubileu universal e a restauração da Igreja.
– Mais uma constatação atual, pois seguramente o Papa Bento XVI está bem fisicamente se comparado aos últimos dias de seu antecessor. Esta visão do Tabernáculo não caído, certamente quer significar que embora todos os esforços dos demolidores eles não conseguirão derrubar todos os sacrários da terra.
Antes que o Papa começasse a festa que tinha preparado aos seus e estes lançaram da assembleia, sem contradição nenhuma, a uma multidão de eclesiásticos, uns de elevado poder, outros de pouca significação, os quais saíram murmurando, cheios de cólera. O Pontífice tomou ao seu serviço a outros eclesiásticos e a outros seculares. Depois começou a grande solenidade na Igreja de São Pedro. Os que trabalhavam com mantos brancos mantiveram-se silenciosos, circunspetos e tímidos, olhando se algum os observava.
– Terá ela visto a reunião de Aparecida? Não está dito que eles ficarão furiosos com o Santo Padre? Acaso o Papa não está desagradando aos seus inimigos, por trocar alguns cargos por pessoas de confiança? Tudo então se confirma como verdadeira profecia.

3. O Arcanjo São Miguel luta pelo Triunfo da Igreja. (30 de Dezembro de 1819)

Vi novamente a Igreja de São Pedro com sua grande cúpula. Sobre ela resplandecia o Arcângelo São Miguel vestido de cor vermelha, tendo uma grande bandeira de combate nas mãos. A terra era um imenso campo de batalha. Os verdes e azuis lutavam contra os brancos e estes sobre os quais havia uma espada de fogo parecia que iam sucumbir; nem todos sabiam por que causa combatiam.
A Igreja era de cor sangrenta como o vestido do Arcanjo. Ouvi que me diziam: "Terás um batismo de sangue" . Quanto mais se prolongava o combate, mais se apagava a viva cor vermelho da Igreja e se voltava mais transparente. O Arcanjo desceu e se acercou aos alvos. O vi adiante de todos. Estes cobraram grande valor, sem saber de onde lhes vinha.
– Certamente que estas visões se referem aos acontecimentos de um futuro bem próximo, onde novamente haverá martírios em massa. Por uma lado a Igreja está já hoje sendo balizada com sangue, porque nos últimos tempos têm se acentuado os assassinatos de padres e fiéis católicos.
O Anjo derrotou aos inimigos, os quais fugiram em todas as direções. A espada de fogo que estava sobre os alvos, desapareceu. No meio do combate aumentavam as filas dos alvos: grupos de adversários passavam a eles e uma vez passaram em grande número. Sobre o campo de batalha tinha no espaço, legiões de santos que faziam sinais com as mãos, diferentes uns de outros, mas animados do mesmo espírito.

4. Vê a São Francisco de Assis e Santa Juana de Chantal. (Domingo de infra oitava da Santíssima Trinidade, 1820)

Para consolo meu vi quadros da vida dos dois santos: São Francisco de Sais e Santa Juana de Chantal. Diziam que os tempos que corremos são muito tristes; mas que depois de muitos desastres, virá um tempo suave e aprazível, em que os homens estarão muito unidos uns com outros e se amarão muito; então florescerão muitos mosteiros no verdadeiro sentido da palavra. Vi também uma imagem destes longínquos tempos, a qual não posso descrever; daí se afastavam as trevas da noite e surgiam a luz e o amor. Vi toda classe de quadros relativos ao Renascimento das ordens religiosas.
Os tempos do Anticristo não estão tão próximos como alguns crêem. Têm de vir precursores do mesmo. Vi em algumas cidades mestres de cujas escolas poderão sair esses precursores.

5. Vê a Igreja de São Pedro em perigo. (28 de Agosto de 1820)

Vi uma imagem da Igreja de São Pedro, onde me parecia que o tempo boiava sobre a terra e que muitos corriam pressurosos a pôr-se em baixo dele para transportá-lo, grandes e pequenos, sacerdotes e seculares, mulheres e meninos e ainda anciões impedidos. Eu sentia grande angústia e inquietude, pois estava vendo que a igreja ameaçava ruínas por todas as partes. Mas todas aquelas gentes se puseram em baixo dela sustentando-a com seus ombros; quando isto o faziam, todos tinham a mesma estatura.
Cada um estava em seu posto: os sacerdotes em baixo dos altares; os leigos em baixo das colunas e as mulheres à entrada. Era tão grande o peso que todos suportavam que cri que seriam esmagados. Sobre a Igreja aparecia o céu aberto e os coros dos santos a sustentavam com suas orações e seus méritos e ajudavam aos que a sustentavam sobre seus ombros. Eu estava flutuando entre uns e outros. Vi que os que a levavam se moviam para diante e que uma fila de casas e palácios que havia defronte caíam por terra, como as espigas de um campo, ao passar sobre eles a igreja e que a mesma igreja foi posta ali sobre a terra.
Então tive outra visão. Vi que a Santíssima Virgem estava sobre a Igreja e ao redor dela os apóstolos e bispos. Abaixo vi grandes procissões e solenidades. Vi que todos os maus pastores da igreja, que tinham crido que podiam fazer algo com suas próprias forças, sem receber a virtude de Cristo, dos copos de seus santos predecessores e da igreja, foram lançados e substituídos por outros. Vi que desde o alto recebiam bênçãos e que se faziam grandes mudanças. Vi ao Papa que dirigia todas estas coisas. Vi elevar-se a dignidades, a homens muito pobres e a jovens.
OBS: Recorde-se que esta visão tem quase dois séculos. Abreviaram-se os tempos. Quando Ana Catarina fala do Anticristo o faz sempre como de uma pessoa e não de uma sociedade ou estado anticristão. Só num mundo anticristão poderá imperar o Anticristo. No mesmo sentido fala Santa Hildegarda em seu livro Scivias.

6. Vê uma Igreja falsa na contra-mão da Igreja de Roma. (12 de Setembro de 1820)

Vi construir uma igreja curiosa, falsa e perversa. Tinha no coro três divisões, cada uma de várias arquibancadas, umas mais altas do que as outras. Em baixo se estendia uma escura extensão cheia de trevas. Sobre a primeira destas divisões vi que arrastavam um assento, na segunda uma grande xícara cheia de água; sobre a mais alta tinha uma mesa. Não vi nenhum anjo presente na construção; mas estava a espécie mais ardente e curiosa de múltiplos espíritos imundos, destes que pesteiam os ares, que transportavam toda classe de objetos que depositavam debaixo daquele teto, e ali abaixo, certas pessoas envoltas numa espécie de mantas ou capas eclesiásticas, levavam todas essas coisas afora.
Nada vinha do alto naquela igreja; tudo provia da terra e da escuridão, e os espíritos imundos o traziam e preparavam tudo. Só a água parecia ter em si mesma força saudável e em certo modo santificante. Vi trazer depois para dentro dessa igreja uma grande quantidade de instrumentos. Muitas pessoas e também meninos levavam utensílios e instrumentos da mais variada espécie para fazer e produzir alguma coisa; mas tudo era escuro, pervertido, privado de vitalidade e não se via mais do que separação e divisão.
Perto desta vi outra igreja luminosa, plena de graças do alto; vi aos anjos subir e descer e vi ali vida e crescimento, ainda que também dissipação e negligência. Apesar de tudo era uma árvore cheia de seiva e de força vital em comparação da pseudo-igreja, que parecia um sarcófago de relíquias mortas e de figuras. Uma igreja era como uma ave que voa e se remonta nos ares; a outra como um barrilete feito de papel pelos meninos, cheio de nodos, de enfeites e de bocados de papel de cores na fila, que se arrasta sobre um campo árido talher de estopa, em vez de remontar-se aos ares.
Tenho visto que muitas das coisas reunidas naquela igreja estavam amontoadas na contra-mão da igreja vivente: assim vi dardos e flechas. Cada um se empenhava em levar aí dentro alguma coisa, como bengalas, varas, pompas de água, garrotes de toda classe, bonecos e espelhos. Ali tinha trombetas, chifres, foles e toda classe de objetos de toda classe e maneira. Sob a abóbada da sacristia se afanavam por fazer pão; mas não fermentou e ficou tudo abandonado. Vi àqueles homens com as mantas levar lenha adiante das arquibancadas sobre as quais estava o púlpito e acender fogo e soprar com os foles e com a boca e afanar-se muito; mas não saía de ali mais do que fumaça de uma escuridão horrível.
Então fizeram uma abertura por acima e colocaram um tubo; mas aquele fogo não quis prender e se fez tão denso de fumaça que terminou por sufocar. Outros sopravam nas trombetas e clarines e se esforçavam de tal modo que parecia lhes saíam aos olhos pelas órbitas; mas tudo ficou ali abandonado no solo e depois desapareceu sob terra; de maneira que tudo era morto e fictício e vã obra humana.
Esta igreja é em verdade feita pelos homens, em conformidade com a nova moda, como o é a nova igreja, não católica, de Roma, que é também dessa espécie.
– Não é preciso ter muito conhecimento para entender que ela está aqui se referindo a esta falsa igreja moderna, voltada para o homem, que os inimigos de Deus estão construindo. Uma falsa igreja social, que nada tem a ver com o Santo Padre e a Igreja de Roma.

7. Vê a obra dos espíritos maus na falsa igreja. (12 de Novembro de 1820)

Viajei por um país escuro e frio e cheguei a uma grande cidade. Ali dentro vi de novo a estranha grande fábrica da igreja; mas tenho visto que ali não há nada de santo, senão inumeráveis espíritos planetários (segundo Ana, estes são espíritos imundos, provenientes das classes mais baixas de anjos e de pouco poder, não tão culpados pela queda) que trabalhavam em torno dela. Vi tudo isto como se fosse real, de modo parecido, fazer-se uma obra eclesiástica católica de comum acordo entre os anjos, os santos e os cristãos; mas aqui as formas empregadas eram mecânicas, e as ajudas e os meios de outra espécie.
Vi subir e baixar e enviar raios e luz por muitos espíritos planetários cobre aquela gente que trabalhava. Tudo se fazia e resultava segundo a pura razão humana. Vi lá acima, nas altas regiões, como um espírito fazia linhas e desenhava figuras e como depois aqui na terra se executava, porque via que um abria os alicerces e fazia aberturas ou planos. Tenho visto que a ação destes espíritos planetários, que trabalham para si e para essa grande fábrica, como estendiam seu influxo maléfico às mais remotas comarcas.
Tudo aquilo que parecia necessário ou só útil à fabricação e existência desta igreja, vi excitá-lo e pôr-lo por obra nos mais apartados lugares e distâncias e vi porem-se de acordo homens e coisas, ensinos e opiniões para cooperar à esta obra. Tinha em todo esse quadro um pouco de admiravelmente egoístico, de orgulhosamente seguro e violento; e que tudo teve sucesso o vi num quadro múltiplo de coisas; mas não vi sequer um só anjo ou um santo coincidindo à obra. O quadro que vi era grandioso e perverso.
Vi também bem mais longe e por trás daquele assento ou trono, um povo feroz armado de picaretas, e um rosto feio que sorria e dizia: "fabrica do modo mais sólido que puderes; nós a destruiremos". Penetrei ademais numa sala grande daquela cidade onde se celebrava uma cerimonia odiosa, uma horrível e falsa comédia. Tudo estava pintado de negro. Um foi posto dentro de um caixão e depois ressuscitou.
Ele estava presente em pessoa e levava no peito uma estrela. Parecia que isto significava uma ameaça de que assim sucederia. Vi dentro ao diabo em mil formas e figuras. Tudo era densa e escura noite: aquilo era horrível.

8. Vê novamente a igreja de São Pedro. (10 de Setembro de 1822)

Vi a Igreja de São Pedro do tudo destruída, exceto o coro e o altar maior. São Miguel, armado e cingido, desceu à Igreja e com sua espada impediu que entrassem nela muitos maus pastores, e os impeliu para um ângulo escuro, onde se sentaram olhando-se uns a outros. Tudo o que tinha sido destruído da igreja foi reconstruído em poucos momentos de sorte que pudesse celebrar-se o culto divino. Vieram sacerdotes e leigos de todo mundo trazendo pedras para reedificar os muros, já que os alicerces não tinham podido ser destruídos pelos demolidores.

9. Vê em êxtase à Igreja abandonada e afligida.

Vi a Igreja inteiramente abandonada por completo e só. Parecia que todos fugissem dela. Tudo é contenda em torno dela; pois de todos os lados vejo grandes misérias, ódio, traição e engano, inquietude, falta de auxílio e cegueira absoluta. De um lugar escuro vejo saírem mensageiros anunciando por toda parte más novas, que causam amargura nos corações dos que as ouvem, e acendem neles a cólera e o ódio.
Eu rogo com muito fervor pelos oprimidos. Sobre os lugares onde alguns fazem oração vejo descer luzes, e sobre todos os demais, negras trevas. Este estado de coisas é horrível. Roguei a Deus que tenha misericórdia. ·Oh cidade!... (Roma) ·Oh cidade!... ·Que grande calamidade te ameaça!... A tempestade está próxima; prepara-te, pois. Confio, no entanto, em que tens de permanecer firme.

10. Sobrevivência da Igreja e indignidade dos cristãos. (4 de Outubro de 1822)

Quando esta noite vi a São Francisco levando sobre seus ombros a igreja, segundo a visão que teve o Papa, vi que um homem de baixa estatura em cujo rosto tinha um pouco de judeu, levava a costas a Igreja de São Pedro, o qual me pareceu muito perigoso. Na parte norte, sobre a Igreja, estava Maria protegendo-a sob seu manto. Dir-se-ia que aquele homem ia cair. Parecia-me que o conhecia. Aqueles doze a quem sempre vejo como novos apóstolos vinham socorrer-lhe, mas demasiado devagar.
Já ia cair, quando por fim chegaram todos e se puseram em baixo dela; também ajudaram muitos anjos. Tratava-se de salvar só o solo e a parte posterior da igreja, pois tudo o demais o tinham destruído pelas seitas e ainda os mesmos eclesiásticos. Aqueles levavam à igreja a outro lugar e parecia que a seu passo vinham por terra muitos palácios como se fossem campos de lavoura. Vendo em ruína à Igreja de São Pedro e os muitos eclesiásticos que tinham trabalhado em destruí-la sem que nenhum quisesse dizer adiante dos demais o que tinha feito, senti tal tristeza que tive de clamar em alta voz pedindo a Jesus misericórdia.
– Como se sabe, existem estes artífices do mal infiltrados nos escalões elevados da Igreja, conforme o denunciam inumeráveis profecias e também o livro do Apocalipse de São João. Eles trabalham de forma solerte e bandida, escondidos por trás de vestes pomposas, mas na realidade são soldados de satanás, que não têm coragem de se declarar publicamente. Mas a revelação do 3º Segrêdo de Fátima virá colocá-los a nu.
Então vi adiante de mim a meu Celestial esposo em figura de um mancebo, que falou longo tempo comigo. Disse-me que esta translação da Igreja significava que na aparência tinha de cair em terra por completo, mas que descansava nestas colunas e que delas tinha de surgir de novo; que ainda que não ficasse mais do que um só cristão católico no mundo, ela podia vencer, pois não está fundada na razão nem no conselho dos homens.
Depois me mostrou que na Igreja nunca tinham faltado fiéis que fizessem oração e padecessem por ela. Mostrou-me ademais o que Ele tinha padecido pela Igreja, a virtude que tinha comunicado aos méritos e trabalhos dos mártires e que tudo o voltaria a padecer de novo se fora possível. Também me mostrou em inumeráveis cenas a miserável conduta dos cristãos e dos eclesiásticos, em círculos cada vez maiores, em todo mundo e em minha pátria, e me exortou a orar com perseverança e a padecer por eles.
Havia uma grandeza e tristeza incompreensíveis nesta cena, que não posso descrever. Também se me deu a entender que, já quase não restavam mais cristãos verdadeiros, bem como entendi que muitos judeus que agora existem, são fariseus e ainda piores do que os fariseus do tempo de Jesus. Só o povo de Judit na África está composto de antigos verdadeiros judeus.
Esta visão me afligiu muito
Inocêncio III aprovou o Instituto de São Francisco a raiz de ter visto num sonho misterioso como o santo sustentava em seus ombros à Igreja de São João de Latrão que estava a ponto de desaprumar-se.
Desta Judit se fala extensamente no capítulo Visões de uma comunidade hebréia em Abissínia.

11. Visão da besta do mar e do Cordeiro de Deus. (Agosto a Outubro de 1820)

Esta visão, segundo diz Brentano em suas anotações, está cheia de interrupções, porque Ana Catarina via as coisas em tal forma que lhe era muito difícil descrevê-las depois ordenadamente. Nota também que a visão tem muitas formas de semelhança com as revelações de São João, que ela não tinha lido antes.
Vejo aos novos mártires, não de agora, senão de tempos futuros. Vejo sua aflição e vejo que se precipitam os fatos. Vi às sociedades secretas trabalhar e combater cada vez com maior intensidade para destruir à grande Igreja; e vi entre esta gente a um horrível animal, saído do mar.
O monstro tinha escamas como de peixe, juba como de um leão e muitas cabeças ao redor de uma maior do que as outras, arrepiada, formando uma coroa. Suas fauces eram grandes e vermelhas. Estava manchado como um tigre e andava confiadamente entre aqueles sectários destruidores. Muitas vezes estava no meio deles, enquanto trabalhavam, e também eles iam procurá-lo na caverna onde costumava esconder-se.
Nos artigos sobre as trevas, mostramos também as visões de uma outra pessoa, que apontavam na mesma direção. Que a fera se esconde muito bem em algum subterrâneo, de onde maquina a destruição. Só os seus mais diretos colaboradores a visitam, entretanto não está longe o dia em que a apresentarão a mundo como salvador.
Enquanto estas coisas sucediam, vi aqui e lá, no mundo inteiro, muitos bons e piedosos homens, especialmente eclesiásticos, atormentados, encarcerados e oprimidos, e tive o sentimento interior de que um dia teria novos mártires. Quando a Igreja estava em grande parte destruída, de tal modo que não ficava mais do que o coro e o altar maior vi a estes destruidores, juntamente com a besta, entrarem na Igreja.
Ali encontraram a uma Senhora grande e magnífica, que parecia estar em fita, pois caminhava lentamente. Os inimigos ficaram muito admirados e espantados, e a besta não pôde dar um passo mais. Estendeu furiosamente o pescoço para a Senhora, como se quisesse engoli-la (7), mas ela se voltou e caiu prostrada sobre seu rosto.
Vi então à besta fugir de novo para o mar e aos inimigos correr, confundidos e desconcertados, atropelando-se uns a outros: porque vi que, em torno da Igreja, vinham desde longe e se aproximavam grandes círculos, na terra e no céu. O primeiro círculo estava formado de jovens e de donzelas; o segundo, de pessoas casadas de todos os estados, entre eles reis e rainhas; o terceiro, de pessoas pertencentes às ordens religiosas; o quarto, de guerreiros, adiante dos quais vi a um ginete sobre um cavalo branco. O último círculo estava composto de lavradores e gente da comarca, muitos deles assinalados com uma cruz vermelha na testa. Enquanto se acercavam, os prisioneiros e oprimidos foram liberados e se juntaram com eles.
"E vi uma besta que subia do mar, a qual tinha sete cabeças e dez cornos, e sobre os cornos dez diademas e sobre as cabeças nomes de blasfémias. E a besta que vi era semelhante a um leopardo e as patas como de urso e a boca como de leão" (Ap.13, 1-2).
Os destruidores e conjurados foram jogados de todos os pontos, reunidos adiante daqueles círculos, e se encontravam, sem saber como, juntos num esquadrão, envolvidos em confusão e trevas. Não sabiam nem o que tinham feito nem o que deviam fazer e com a cabeça baixa se precipitaram uns contra outros, como os vejo fazer com frequência. Quando todos estiveram reunidos confusamente, os vi abandonar a obra de destruição e perderem-se desorientados entre os diversos círculos.
Não restam dúvidas de que uma nova Torre de Babel acontecerá. Eles hoje estão edificando este monstro em lugar da Igreja e é como a antiga Babel. No momento oportuno Deus semeará a discórdia no meio deles, de modo que não conseguirão concretizar seus maléficos objetivos.
Vi depois à Igreja, de novo, rapidamente restaurada, com maior esplendor que antes, pois as gentes de todos os círculos, de uma extremidade à outra do mundo, atingiam-se umas a outras as pedras para reedificá-la. Quando esses círculos se aproximavam, o primeiro ou o mais interno se colocava por trás dos outros. Parecia que se distribuíam entre eles as obras diversas de oração e como se o círculo dos guerreiros começasse obras de guerra.
Neste círculo me pareciam confundidos amigos e inimigos de todos os povos. Eram verdadeiros soldados de nossa espécie e cor. Este círculo, no entanto, não estava do tudo fechado, senão que para o Setentrião tinha uma mancha ampla e escura, como uma abertura, como um abismo. Este abismo se estendia para abaixo, nas trevas, precisamente como nos umbrais do Paraíso, naquele ponto onde Adão, arrojado, saiu afora.
Parecia-me como se lá abaixo se estendesse um escuro e tenebroso lugar. Vi como se porções deste círculo ficassem atrás e não quisessem avançar e estes se mantivessem estreitados entre si e tristes os rostos, olhando-se uns a outros. Em todos estes círculos vi a muitos que serão mártires de Jesus Cristo, já que tinha também muitos maus e por esta causa teria outra divisão.
Vi que a Igreja tinha sido do tudo restaurada, e sobre ela o Cordeiro de Deus, em cima do morro, e em torno dele, um círculo de virgens com palmas nas mãos, e os cinco círculos dos esquadros celestes, como os da terra. Os círculos celestes tinham avançado juntamente com os terrestres e faziam de comum acordo. Em torno do Cordeiro estavam as quatro imagens apocalípticas dos animais sagrados.

12. Vê as abominações da Franco Maçonaria.

Esta igreja maldita é pura imundícia, é com origem nas trevas. Quase nenhum dos seus conhece as trevas nas quais trabalha. Tudo é nela vã escuridão; seus escarpados muros nada contêm; o altar que usam, é uma cadeira. Numa mesa há uma caveira coberta, entre duas luzes; às vezes a descobrem. Em suas "consagrações" usam de mulheres nuas. Aqui está o mal sem mistura de bem; esta é a comunhão da gente não santa. Eu não posso declarar com palavras quão abomináveis são, e quão perniciosos e vãos as tentativas desta associação, desconhecidos em grande parte por seus mesmos adeptos.
Realmente hoje se sabe que são bem poucos os maçons e sabem, com toda profundidade, dos reais objetivos de sua entidade. Milhões de incautos são cooptados para a maçonaria, mas desconhecem o que está por trás disso, coisa somente permitida aos altos iniciados. É por isso que tantas pessoas defendem a maçonaria e pertencendo a ela se julgam no direito de permanecer católicos. São verdadeiros "bois de piranha", pois no final o projeto prevê a eliminação destes, depois que a fera tiver alcançado o poder. Serão então mortos ou exilados.
Querem fazer-se todos um só corpo com algo que não é Jesus Cristo. Tendo eu apartado a um deles, encheram-se de furor contra mim. Quando a ciência se divorciou da fé, surgiu esta igreja sem Salvador, sem crença; esta comunhão de santos sem fé; esta anti-igreja, cujo centro é a maldade, o erro, a mentira, a hipocrisia, a fraqueza e a astúcia. Nasceu assim um corpo, uma comunidade fora do corpo de Jesus Cristo, ou seja, fora da Igreja; uma igreja falsa sem Salvador, cujo mistério é não ter mistério algum.
O Papa Pio VII condenou a seita secreta dos Carbonários, nome com que se designavam os maçons "it alia" em Setembro de 1821. (Permanece, pois em vigor a condenação dos católicos que se filiarem à maçonaria, e isso em todos os lugares do mundo).
Diferente em cada lugar, temporal, infinita, cortesã, egoísta, danosa e que apesar das obras boas de que se aprecia, conduz finalmente ao abismo da miséria. O maior perigo que oferece em sua aparente inocuidade. Em todas partes fazem e desejam coisas diferentes; em muitas fazem discretamente; em outras preparam ruínas sem que sejam conhecidos, senão de poucos, seus malvados planos. Assim coincidem todos com suas obras num centro que é o mau, e fazem e trabalham fora de Cristo, porque nele unicamente é santificada toda vida.

O Diabo hoje - Parte 1

Georges Huber, jornalista católico francês, disserta sobre o demônio e sua ação no mundo. Ao mesmo tempo que afirma a realidade dos anjos maus, enfatiza estarem eles subordinados aos sábios desígnios da Providência Divina; o demônio pode ladrar, mas só morde a quem se lhe chega perto. O autor segue fielmente a doutrina da Igreja numa época em que se contesta o artigo de fé relativo aos anjos bons e maus.



Georges Huber é jornalista católico francês que se tem dedicado a escrever sobre os anjos. Após publicar duas obras sobre os anjos bons e seu ministério junto aos homens, oferece aos leitores um livro sobre o demônio e sua atualidade, seguindo fielmente as linhas da Tradição e do magistério da Igreja. A obra é apresentada pelo Cardeal Christopher Schoenborn, Arcebispo de Viena e um dos teólogos redatores do Catecismo da Igreja Católica. Este mestre bem sintetiza o conteúdo da obra em foco nos seguintes termos:



"O autor mostrou na sua obra sobre os anjos como estas esplêndidas criaturas espirituais estão totalmente às ordens da Divina Providência e como todo o seu ser consiste na adoração e no serviço de Deus. Esta mesma verdade encontra-se neste livro sobre Satanás. Porque os anjos caídos continuam a ser anjos; continuam a ser espíritos ao serviço de Deus, embora a contragosto.

A presente obra não suscita em nós medo aos demônios; antes revela a fé no irresistível poder de Deus, que ordena cada coisa para os seus fins. É o que a fé nos ensina e a experiência cristã nos confirma, Os demônios empreendem uma luta impiedosa contra o homem e se esforçam por obstruir os planos de Deus: percorrem o mundo incessantemente a fim de levar as almas à perdição. No entanto, a sua ação está completamente subordinada aos planos de Deus.

A partir desta verdade fundamental, Georges Huber demonstra-nos que, se Deus permite que os demônios atuem, não é certamente para fazer mal aos homens, mas para ajudá-lo a realizar os seus magníficos planos de salvação".

O Diabo hoje - Parte 2

Como um cão preso por uma corrente

■Nunca sem Luz verde
É significativo que Deus estabeleça cuidadosamente os limites dos poderes que concede a Satanás. Não lhe dá uma luz verde incondicional. Assim como o Criador põe limites ao fluxo do mar enfurecido - Não irás mais longe, aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas (Jó 38, 11), do mesmo modo impõe limites ao ódio e à inveja de Satanás.

O Evangelho de São Mateus revela-nos que os demônios têm necessidade de luz verde mesmo para uma operação sem maiores conseqüências, ainda que insólita, como entrar num rebanho de porcos que pastam na terra dos gerasenos. Havia a uma certa distância um grande rebanho de porcos que pastava. E os demônios suplicaram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos a esse rebanho de porcos. Ide, disse-lhes Jesus. Saíram então e foram para os porcos, e eis que, do alto da escarpa, todo o rebanho se precipitou no mar, onde se afogou (Mt 8, 30-32).

O relato da Paixão apresenta-nos um exemplo dramático dos limites impostos por Deus ao poder do diabo sobre os Apóstolos. Satanás tinha pedido a Deus que o deixasse pôr à prova os Apóstolos, sacudindo-os como o agricultor sacode o trigo. O Senhor só aceita esse pedido em parte. Com explica Garrigou-Lagrange, o Senhor permitiu a Satanás que joeirasse os Apóstolos como se joeira o trigo, mas pôs um limite. Quem Satanás desejava sobretudo fazer cair era Pedro, o chefe dos Apóstolos. Jesus conhecia o perigo que ameaçava Pedro. Não quis preservá-lo completamente, mas com a sua oração protegeu-lhe a fé: a do Apóstolo, portanto, não desfalecerá, e, quando se recuperar da sua conduta errônea, caber-lhe-á confirmar os seus irmãos. Garrigou-Lagrange cita a profunda observação de um exegeta protestante: Preservando Pedro, cuja ruína teria arrastado os demais Apóstolos, Jesus preservou-os a todos. É assim que Deus, Senhor da História, sabe utilizar a malícia de Satanás para a construção da Igreja.

São Tomás de Aquino insiste muito neste ponto: o diabo não pode tentar os homens tanto quanto deseja; só pode atormentá-los na medida em que Deus o permite. Nem mais, nem menos!

O relato da Paixão apresenta outro exemplo da submissão do demônio às disposições da Providência. Depois de ter dito que, na última Ceia, Satanás tinha entrado em Judas, São João cita estas palavras de Jesus ao traidor: O que tens a fazer, faze-o depressa! (Jo 13, 27). Podese expressar mais explicitamente o controle de Deus sobre as maquinações de Satanás presente em Judas? É verdade, como explicam os exegetas, que as palavras de Jesus não equivaleram a uma ordem. Também não eram um estímulo à traição. Expressavam simplesmente, numa linguagem rigorosa, uma autorização).

■Pode ladrar, mas não morder
São Paulo assegura-nos: "Deus não permitirá que sejais tentados além do vosso poder de resistência, mas, junto com a tentação, dar-vos-á os meios para suportá-la e a força para vencê-la" (1 Cor 10, 13).

Existem dois movimentos na raiz das tentações do diabo: o amor de Deus pelos homens e a odienta inveja de Satanás. Deus permite a tentação por amor, para dar à criatura humana a oportunidade de elevarse até Ele por atos de virtude; o demônio desencadeia a tentação por ódio, para fazer cair o homem. Deus oferece ao homem uma ocasião de subir e Satanás utiliza essa mesma ocasião para fazê-lo cair. Assim, por uma misteriosa ordem de Deus, sem o saber, sem o querer, contra a sua vontade e contra as inclinações de todo o seu ser, Satanás contribui indireta, mas realmente, para a expansão do reino de Deus sobre a terra. Não é esta, aliás, a razão da sua presença entre os homens até o Juízo final, antes de ser precipitado nas profundezas do inferno?...

A um sacerdote da Missão, a quem Satanás tinha razões para odiar, São Vicente de Paulo escrevia: O diabo pode ladrar, mas não pode morder; pode atemorizar-vos, mas não vos pode fazer mal. Isto eu vo-lo garanto diante de Deus, na presença de quem vos falo.

Também Santa Teresa de Lisieux se servia dessa imagem para mostrar os limites do poder de Satanás: comparava o demônio a um grande cão malvado que nada pode contra uma criancinha subida aos ombros de seu pai.

A este respeito, pode ser útil recordar mais uma vez as seguintes verdades:

A primeira é que o poder do demônio, embora grande, não é absoluto: nunca, nem sequer nos casos de possessão, ... ele tem acesso direto às potências propriamente espirituais do ser humano, isto é, à inteligência e à vontade. Ou seja, não pode nunca, em nenhuma hipótese, obrigar-nos a pecar. Só há pecado quando há consentimento da vontade, isto é, quando o eu decide ceder à tentação. Nada, nem a duração nem a intensidade de uma tentação, pode Causar diretamente - nem, por outro lado, ´autorizar ou desculpar - o consentimento.

A segunda é que é essencial saber que sentir não é consentir. As imagens podem ser muito fortes ou vívidas, e as emoções encontraremse num estado de tumulto intenso, mas não há pecado enquanto a vontade não disser "sim". E isso sempre se sabe no recôndito da consciência.

O ExorcismoO missivista, no caso, refere ter ouvido dizer que a Igreja aboliu os exorcismos ou as preces feitas para expulsar o Maligno detentor das faculdades de um ser humano. - Em resposta nada de melhor se pode fazer do que citar o atual Código de Direito Canônico, que, supondo a possibilidade de haver possessão diabólica, regulamenta a prática do exorcismo:

1. Ninguém pode legitimamente fazer exorcismos em possessos a não ser que tenha obtido licença especial e expressa do Ordinário local.

2. Essa licença seja concedida pelo Ordinário local somente a sacerdote que se distinga pela piedade, ciência, prudência e integridade de vida.

Por conseguinte, a Igreja crê na eventualidade da possessão diabólica. Apenas deseja que se examine atentamente cada caso de pretensa possessão para não se confundir doença psíquica ou física com a ação do Maligno. Uma vez diagnosticada, com séria probabilidade, a possessão por sacerdotes e médicos, recorra-se ao Bispo local ou ao Prelado respectivo para lhe pedir que delegue um sacerdote exorcista.

Fonte: Revista "Pergunte e Responderemos" fev/2000

Oração de Libertação

■Iniciar com a oração do Espírito Santo:

"Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai senhor o vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra.



Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação.

Por Cristo Senhor nosso.

Amém.



A COT ESTÁ AQUI REUNIDA PARA O PROGRESSO DO EVANGELHO, HOJE E SEMPRE EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO, AMÉM.

ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO + Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!



Grande e glorioso Príncipe dos exércitos celestes, São Miguel Arcanjo, defendei-nos "Porque para nós a luta não é contra a carne e o sangue, mas sim contra as potestades, contra os poderes mundanos destas trevas, contra os espíritos da maldade celeste." [Efes. 6, 12].



Vem e assiste ao homem que foi criado na Sua imagem e a quem Ele redimiu da tirania do demônio a um grande preço.



A Santa Igreja venera-vos como seu guardião e protetor. A ti o Senhor confiou as almas dos redimidos, para que as dirija ao Céu. Ora, portanto, que o Deus da Paz, atire satanás para debaixo dos nossos pés, para que ele não possa manter o homem em pecado e fazer mal à Igreja. Oferece as nossas orações ao mais Alto, que sem demora elas atraiam a sua misericórdia sobre nós, que elas vençam o dragão,"a serpente antiga, que é o demônio, satanás, e acorrente-o por mil anos. Lançou-o, no Abismo, a fim de que não seduzisse mais as nações..." [Apoc. 20, 2-3].



Nota: "+" indica uma bênção que é dada se um sacerdote invoca o exorcismo. Se um leigo a invoca, então a "+" indica o lugar onde o símbolo da cruz é feito silenciosamente pelo fiel que esteja a oferecer essa seção específica.

EXORCISMOEm nome de Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor, fortalecido pela intercessão da Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, do Bendito Miguel Arcanjo, dos Benditos Apóstolos, Pedro e Paulo, e de todos os Santos, confiadamente nos dispomos à tarefa de repudiar os ataques e enganos do diabo.



"Deus levanta-se; Os seus inimigos são derrotados e os que o odeiam, fogem ante Ele. Como o fumo é expulsado, eles são expulsados; como a cera se derrete ante o fogo, também os malvados perecem com a presença de Deus."" [Salmo 67]



V - Contemplai a cruz do Senhor, fujam todos os Seus inimigos.



R - Ele conquistou. O Leão da tribo de Judá. O rebento de David.



V - Permite que a vossa misericórdia, Senhor, desça sobre nós.



R - Em proporção à nossa Esperança e fé em Ti.



Expulsamos-vos de nós, quem quer que sejam, espíritos sujos, todos os poderes satânicos, todos os invasores infernais, todas as legiões malvadas, assembléias e seitas; em nome e pelo poder de Nosso Senhor Jesus Cristo, + que sejam extirpados e sacados da Igreja de Deus e das almas feitas à imagem e semelhança de Deus e redimidas pelo precioso sangue do Divino Cordeiro. + Astuta serpente, não te atreverás mais a enganar a raça humana, perseguir a Igreja, atormentar aos eleitos por Deus e ceifá-los como se fossem trigo. + O Deus Mais Alto ordena-te. + Ele, com quem, na tua grande insolência, ainda reclamas ser igual.



"Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade." [ 1Tim 2, 4].



O Deus Pai ordena-te. + O Deus Filho ordena-te. + O Deus Espírito Santo ordena-te. + Cristo, a Palavra de Deus encarnada, ordena-te; + Ele, que para salvar a nossa raça perdida por conseqüência da tua inveja, humilhou-se Ele mesmo, fazendo-se obediente até a morte... [Fil 2, 8].



Ele que construiu a Sua Igreja numa rocha firme e declarou que as portas do inferno não triunfariam contra ela, porque Ele estará com ela; e "conosco estará todos os dias até a consumação dos tempos." [Mat 28, 20].



O sagrado sinal da cruz ordena-te, + como também o faz o poder dos mistérios da fé cristã, + a gloriosa Mãe de Deus, a Virgem Maria, ordena-te; + Ela, que pela sua humildade e desde o primeiro momento da sua imaculada Concepção, esmagou a tua orgulhosa cabeça. A fé dos santos Apóstolos Pedro e Paulo e os outros Apóstolos ordenam-te. + O sangue de Mártires e a piedosa intercessão dos Santos ordenam-te.+



Portanto, maldito dragão, e vós, legiões diabólicas, ordenamos pelo Deus vivo, + pelo Deus verdadeiro, + pelo Deus Santo, + pelo Deus que "amou ao mundo; até dar o Seu Filho único, para que todos aqueles que acreditam Nele, não se percam, mas sim tenham a vida eterna;" [Jo 3, 16]; deixa de enganar as criaturas humanas e derramar sobre elas o veneno da condenação eterna; deixa de ferir a Igreja interferindo com a sua liberdade.



Vai-te embora satanás, inventor e mestre de todas as mentiras, inimigo da salvação do homem.



Sai do caminho de Cristo em quem não pudeste encontrar nenhum dos teus trabalhos; dá-lhe o seu lugar a Única, Santa, Católica e Apostólica Igreja adquirida por Cristo ao preço do seu sangue. Rebaixa-te por baixo de toda a poderosa mão de Deus; treme e foge quando invocarmos o Santo Nome de Jesus, este Nome, que faz tremer o inferno, este Nome, ao qual as Virtudes, Poderes e Domínios do Céu estão humildemente submetidos, este Nome ao qual os Querubins e Serafins dizem constantemente repetindo: Santo, Santo, Santo É o Senhor, O Deus dos exércitos



V - Oh, Senhor, ouve a minha oração.



R - Permite que o meu clamor chegue até Vós.



V - Que o Senhor esteja contigo.



R. - Ele está no meio de nós



■Oremos

Deus do Céu, Deus da terra, Deus dos Anjos, Deus dos Arcanjos, Deus dos Patriarcas, Deus dos Profetas, Deus dos Apóstolos, Deus dos Mártires, Deus dos confessores, Deus das Virgens, Deus que tem o poder de dar a vida depois da morte e descanso depois do trabalho, porque não há outro Deus além de Ti e não pode haver outro, porque Tu És o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, cujo reino não terá fim, prostramo-nos humildemente perante a Tua Gloriosa Majestade e Te rogamos que nos libertes com o teu poder, de toda a tirania dos espíritos infernais, das suas ciladas, das suas mentiras e das suas furiosas maldades; propícia, oh, Senhor, que desça sobre nós a Tua poderosa proteção e nos mantenha seguros e saudáveis. Rogamos-Te através de Jesus Cristo, Nosso Senhor. AMÉM!



Das ciladas do demônio, liberta-nos, oh, Senhor. Que a Tua Igreja possa servir em paz e liberdade. Rogamos que nos ouças, Senhor. Que afastes a todos os inimigos da Tua Igreja, rogamos que nos ouças, Senhor.AMÉM.



[+Água benta deve ser salpicada no lugar onde se pronuncia a oração+]



■ORAÇÃO/EXORCISMO FEITO PELO PAPA LEÃO XIII:

"São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxílio contra a malícia e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas". Amém!

Oração a São Miguel Arcanjo


Ó glorioso Arcanjo São Miguel,
Príncipe da milícia celestial,
sede nossa defesa na terrível luta
que levamos contra os poderes do mundo da obscuridade.
Vem em auxílio dos homens,
a quem Deus criou à sua Imagem e Semelhança,
e redimiu por grande preço da tirania do demónio.

Luta neste dia na batalha do Senhor,
junto aos Santos Anjos,
como uma vez lutaste
contra o líder dos anjos orgulhosos,
Lúcifer, e seus seguidores,
que perderam a batalha e seu lugar no Céu.

Essa serpente antiga e cruel que seduz ao mundo
foi lançada ao abismo junto com seus anjos.
Mas agora este inimigo e destruidor dos homens volta a atacar.
Transformado em um anjo de luz passeia,
invadindo a terra com um multidão de espíritos malignos,
para tratar de apagar dela o Nome de Deus e de Cristo,
para apoderar-se da glória eterna.

Este malvado dragão derrama a mais impura torrente
de seu veneno de maldade
sobre os homens de mente depravada e coração corrupto,
o espírito da mentira, da impiedade, da blasfémia
e de todos os vícios e a iniquidade.

Nós te veneramos como protector
contra os poderes malignos do inferno;
a Vós te tem confiado Deus
as almas dos homens que têm de formar-se em santidade.
Orai ao Deus da paz
para que ponha a Satanás sob vossos pés,
tão derrotado que já não possa voltar
a cativar aos homens nem a fazer dano à Igreja.

Oferece nossas orações ante os olhos do Altíssimo,
para conseguir com elas a misericórdia do Senhor;
e derrotando ao dragão, a serpente antiga,
encerrai-o uma vez mais no abismo,
para que não seduza nunca mais as nações. Amém.

Olhai a Cruz do Senhor;
afastai os poderes hostis.
O Leão da tribo de Judá
tem conquistado a linhagem de David.

Tem misericórdia de nós, ó Senhor.
Em Vós confiamos
Ó Senhor, escutai minha oração
E que a minha súplica chegue até Vós

Oremos:
Ó Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, chamando vosso Santo Nome imploramos vossa clemência, para que pela intercessão de Maria, Sempre Virgem Imaculada e Mãe nossa, e do Glorioso Arcanjo São Miguel, nos ajudes na luta contra Satanás e todos os outros espíritos impuros que andam pelo mundo para ferir a raça humana e causar a ruína das almas. Amém.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos na batalha,
para que não pereçamos no dia do juízo.

São Miguel Arcanjo,
primeiro defensor do Reinado de Cristo,
rogai por nós.

Consagração a São Miguel Arcanjo

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do SENHOR, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me do e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção. É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça de amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador JESUS CRISTO e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me a aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa alma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no céu.


São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo. Amém

Oração a São Miguel Arcanjo

Pequena novena a São Miguel Arcanjo

Consagração da Família a São Miguel Arcanjo

QUARESMA EM HONRA A SÃO MIGUEL ARCANJO

ROSÁRIO A SÃO MIGUEL ARCANJO

Devoção a Nossa Senhora dos Anjos